Lego Batman é legal. Sim. Tentei, por vários dias,
estruturar um texto sobre o assunto. Um post com introdução, desenvolvimento,
conclusão. Um texto com cabeça, tronco e membros. Mas não consegui. As ideias
não fluíram. Então, sabe duma coisa? Resolvi improvisar. Escrever um post como
o The Cure fazia seus discos ao vivo. No overdubs.
Lego Batman é legal. Os
personagens têm garras no lugar das mãos, e no momento em que você aceita isso,
tudo começa a fazer sentido. O roteiro realça a importância de se sentir
importante na vida de alguém. O Coringa quer apenas isso: reconhecimento. Pobre
Coringa. E encontra em Batman um rival sem coração, com sérios problemas
psicológicos. Todos sabem o motivo. Ele não conseguiu superar os traumas da
infância. Pobre Batman.
Da tensão entre esses dois personagens sequelados surge
Lego Batman. Um filme legalzão para levar a família no IMAX. Porque une duas
coisas legais. Lego é legal. Batman é legal. Lego Batman é duplamente legal
porque recheia o roteiro com um rol de referências que faz qualquer cinéfilo
rir à toa. Eu captei uma que remete ao filme Sangue Negro.
Batman imita a fala
que foi de Daniel Day Lewis sobre ninguém ensiná-lo a criar o próprio filho. E
tem muitas outras (e de agora em diante o post deixa de ser improvisado e conta com as informações do site What Culture) como MacGuffin Airlines (macguffin é o termo hitchcockiano
para elemento motivador do roteiro), o verso
de Man in the Mirror de Michael Jackson, a fala You complete me de Jerry
Mcguire (proferida por Jerry e também pelo Coringa em The Dark Knight), a expressão Gleaming the cube (título de um filme sobre skates com Christian Slater), a presença dos Gremlins, etc.
Tantas citações contribuem para que o espectador saia do cinema achando: Lego Batman é legal!
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