
Réquiem para um sonho (EUA, 2000)
estreou em novembro de 2001 nos cinemas brasileiros, contando com 6
salas na estreia. Seu público total no Brasil foi de apenas 35.335 pessoas.
É, portanto, um daqueles filmes mais do que alternativos, que pouca gente se dá ao trabalho de assistir, mas, quando assiste, das duas, uma: ou odeia e desiste no meio do filme ou passa a admirá-lo.
Eu me enquadro na segunda categoria, na verdade é um dos filmes que eu mais cultuo, e, na minha estante de dvds, está na seção de "Amores doentios". (Assisti ao filme três vezes seguidas na primeira vez que o aluguei, talvez porque refletisse meu estado de espírito na época, em que um relacionamento escorria pelo ralo.) (Muita informação, concordo.) (Mas isso ajuda a explicar porque certos filmes são importantes na vida de alguém.)
Adaptação do livro homônimo de Hubert Selby Jr., é o segundo
filme do jovem diretor Darren Aronofsky, premiado em 1998 no Festival de
Sundance pelo suspense "PI".

O filme é uma "fábula
urbana" que se passa em três estações. Uma cena chave do filme é a visita
de Harry a sua mãe, no fim do verão. Com dinheiro no bolso pela venda de
drogas, quer dar a ela uma surpresa: irá presenteá-la com uma TV nova. Percebe
o ranger de dentes da mãe e aconselha ela a parar de tomar as pílulas
dietéticas. Vem o outono e a transformação da solitária Sara é aterrorizante.
Importante no impacto do filme é a
música de Clint Mansell, interpretada pelo quarteto de cordas Kronos Quartet.
Desde Peter Greenaway e Michael Nyman não havia um casamento tão perfeito entre
diretor e compositor, imagem e som. Mansell criou uma melodia impregnada de angústia – a trilha ideal para a trajetória de Harry.
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