Um dos diretores mais promissores da nova geração, Scott
Derrickson realizou em 2008 este digno remake do clássico O dia em que Terra
parou (1951), de Robert Wise. Os roteiros dos dois filmes têm semelhanças e
diferenças, mas os dois alegadamente inspiram-se no conto Farewell to the Master, de Harry Bates.
A propósito, o roteiro do badalado A chegada, de Denis Villeneuve,
traz algumas inevitáveis similitudes (ou será que deveríamos dizer clichês ou
lugares-comuns?), como a chegada das “naves” (esferas no filme de Scott, conchas no filme de Denis) em vários pontos do planeta; a perplexidade com que são
recebidas; a histeria meio que desenfreada que a presença alienígena provoca
nos seres humanos, etc.
Sobre o filme de Robert Wise, realizado em preto e branco, eu
tive o prazer de assisti-lo, sem legendas, no auditório do ICBNA de Porto
Alegre, na Rua Riachuelo. Mas calma, não vou cair na tentação de comparar os
dois filmes, mesmo porque muita gente já se deu ao trabalho de fazer isso.
Afora a direção inspirada de Derrickson e o roteiro bem
trabalhado de David Scarpa, O dia em que a Terra parou (2008) tem um talentoso elenco
trio de protagonistas: Jennifer Connelly (que interpreta a cientista Helen
Benson), Jaden Smith (Jacob Benson,
enteado de Helen) e Keanu Reeves como o invasor Klaatu. E dois coadjuvantes de luxo: Kathy
Bates (Regina Jackson, ministra da Defesa) e John Cleese (professor Karl). No
frigir das esferas, O dia em que a Terra parou é um bom filme para os
apreciadores de ficção científica, embora o saudoso crítico Roger Ebert tenha lhe conferido apenas 2 estrelinhas em 4.
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