quinta-feira, agosto 08, 2019

Líricas Históricas no Teatro do Sesc em Carazinho

Gabriela Geluda canta ao som dos bonitos acordes da harpa (Fotos: Henrique Guerra)

Em 7 de agosto de 2019, com início às 20 h, aconteceu no Teatro de Sesc de Carazinho a apresentação do grupo LÍRICAS HISTÓRICAS, parte do projeto Sonora Brasil. Neste ano, o foco são as Líricas Femininas, a presença da mulher na música brasileira.

O grupo Líricas Históricas apresentou 20 músicas no Teatro do Sesc, em Carazinho, RS

O grupo é composto por quatro musicistas de diferentes estados da federação: duas fluminenses, uma pernambucana e uma paulista. Gabriela Geluda, uma das vocalistas, e a harpista Vanja Ferreira são do Rio de Janeiro. Priscilla Ermel, violonista, compositora de três canções do setlist, vem de São Paulo. Last but not least, Anastácia Rodrigues, que canta e toca kalimba e pandeirão, tem suas raízes em Pernambuco.


O quarteto Líricas Históricas em ação

Triângulo, escaleta e viola caipira são alguns dos outros instrumentos tocados pela trupe que percorre o Brasil para mostrar um pouco da tradição lírica, em especial, canções e melodias compostas por mulheres.


Anastácia Rodrigues num momento bem-humorado do show


Entre as letras musicadas aparecem versos de poetisas brasileiras e portuguesas, como Cecília Meireles, Hilda Hilst e Florbela Espanca.


Priscilla Ermel descansa o violão no show intimista 

Ao longo do show, as quatro deram um panorama da lírica nacional, passando por canções primevas, pérolas esquecidas e também clássicos de compositoras famosas como Chiquinha Gonzaga. 


O repertório formou um panorama de várias fases da música brasileira

As artistas conversaram sobre suas origens e sobre as influências de cada uma das avós em sua vida. Enfatizaram que antigamente as compositoras do sexo feminino não podiam assinar as canções por preconceito, e tinham que colocar "Uma amadora" ou coisa parecida.


Vanja Ferreira dedilha destramente o seu delicado instrumento 

Foi um espetáculo variado, com jogos de vozes, arranjos bizarros e alternando momentos mais introspectivos (na bela A chuva, eu cheguei a me beliscar para ter a certeza de que não estava num show do Madredeus) e de descontração e bom humor.


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